Relatos da Ilha de Páscoa (PARTE II)
Desenhada no Mapa Mundi ou visualizada no Google Hearth, a Ilha de Páscoa apresenta um formato triangular, onde em cada uma das três pontas deste triângulo há um vulcão. Foi a erupção destes vulcões que fez emergir, esplêndida e lentamente, no meio do Oceano Pacífico, este lugar tão misterioso conhecido também como Rapa Nui. A lava destes três vulcões foi escorrendo, escorrendo, escorrendo... até fazer surgir no meio deles um solo. Este solo foi subindo, subindo, subindo... e criou-se ali condições favoráveis para o surgimento de uma floresta subtropical. Esta floresta foi crescendo, crescendo, crescendo... e transformou-se em um refúgio perfeito para abrigar vida naqueles inóspitas e vazias milhas náuticas distantes de todo o resto do mundo, e de todas as outras ilhas do Pacífico... Milhões de anos se passaram e chegaram ali, remando em canoas com balancim, alguns ancestrais polinésios vindos de outras ilhas do Pacífico. Estes ancestrais primitivos viviam em cavernas e eram escultores de grandes estátuas de pedra que chamamos de MOAI. Deixaram alguns vestígios de seu tempo remoto, como pinturas rupestres em grutas e artefatos de pedra lascada. Além dos moai, claro. Pronto! Resumi em um único parágrafo uma história que levou milhões e milhões de anos para se consumar. Assim vai ficar mais fácil transmitir a emoção do que é visitar cada canto daquela ilha...
Aqueles três vulcões dos quais falei são: TEREVAKA (o ponto mais alto da ilha, com 511m de altura), PUAKATIKI e RANO KAU. Foi neste último que vivi alguns dos momentos de maior êxtase da viagem. Quando estávamos na PRAIA DE ANAKENA, conhecemos um casal de brasileiros que disse ter se emocionado com o vulcão, tamanha sua beleza. E também com as casas-gruta primitivas que existem em suas encostas, um lugar chamado de ORONGO. Mapa na mão e jipe alugado: lá fomos nós vulcão acima, num fim de tarde, rumo às encostas da cratera do Rano Kau.
Estudos estimam que a ocupação da Ilha de Páscoa começou em algum tempo por volta do ano 900 d.C. Os pascoenses têm uma lenda que diz que o líder da expedição que povoou sua ilha foi um chefe chamado HOTU MATUA'A, que significa "o grande pai", que navegava em uma ou duas grandes canoas com sua esposa, seis filhos e alguns familiares. Hotu Matua'a, então, será o nome da nossa próxima canoa! A V1 que está pra nascer... São lendas e tradições orais contadas pelos nativos e registradas pelos primeiros europeus que lá chegaram. Na Polinésia, as muitas ilhas (do grego: poli = muitos, nesia = ilha) foram todas descobertas e povoadas assim, com a chegada de remadores desbravadores que se encorajavam a remar por dias a fio até chegar em outra ilha a ser descoberta...
A tarde estava linda em Orongo! Quando achávamos que assistir a um pôr-do-Sol do alto de um vulcão seria o maior presente daquele dia de viagem... eis que surge o nascer de uma gigante e atraente lua! Quando voltamos da pequena caminhada em Orongo para nosso jipe, lá estava ela... linda... nascendo atrás do Rano Kau! Foi extasiante ver uma lua daquela na Ilha de Páscoa!
Isso foi no Rano Kau, mas quero ainda contar o que descobri às bordas de um outro vulcão - o Rano Raraku - na outra extremidade da ilha. Trata-se de uma cratera famosa por ser conhecida como a "fábrica de moai". Lá tem dezenas de moai espalhados pelo chão... Mas este é o assunto da próxima postagem, onde vou finalmente contar um pouco sobre as estátuas de pedra da ilha. Afinal, como falar da Ilha de Páscoa e não postar nenhuma foto de moai?
Aqueles três vulcões dos quais falei são: TEREVAKA (o ponto mais alto da ilha, com 511m de altura), PUAKATIKI e RANO KAU. Foi neste último que vivi alguns dos momentos de maior êxtase da viagem. Quando estávamos na PRAIA DE ANAKENA, conhecemos um casal de brasileiros que disse ter se emocionado com o vulcão, tamanha sua beleza. E também com as casas-gruta primitivas que existem em suas encostas, um lugar chamado de ORONGO. Mapa na mão e jipe alugado: lá fomos nós vulcão acima, num fim de tarde, rumo às encostas da cratera do Rano Kau.
Ficamos lá observando o vulcão, impressionados com uma beleza natural tão diferente da que estamos habituados. Para a tranquilidade de Otavia, que volta e meia perguntava se um daqueles vulcões começaria a borbulhar, as últimas atividades vulcânicas na ilha datam de 10 mil anos atrás. Isso foi muito-muito-muito antes mesmo da chegada dos primeiros humanos - aqueles ancestrais polinésios de que falei...
Vista de Orongo, a vila primitiva de grutas onde moravam antigos nativos da Ilha Páscoa, na borda do vulcão Rano Kau. |
Pôr-do-Sol em Orongo |
A tarde estava linda em Orongo! Quando achávamos que assistir a um pôr-do-Sol do alto de um vulcão seria o maior presente daquele dia de viagem... eis que surge o nascer de uma gigante e atraente lua! Quando voltamos da pequena caminhada em Orongo para nosso jipe, lá estava ela... linda... nascendo atrás do Rano Kau! Foi extasiante ver uma lua daquela na Ilha de Páscoa!
Nascer da lua no Rano Kau. |
Ela! |
Energia que vem da lua! |
ALOHA MEUS AMIGOS!
E ATÉ O PRÓXIMO VULCÃO!
Luiza Perin
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