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Mostrando postagens de 2015

E Ala E - O despertar havaiano

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Remadores do Itaipu Surf Hoe* durante o canto do despertar: E ala e! Itacoatiara - Niterói - RJ.      A antiga tradição havaiana era repleta de cultos a divindades da natureza e rituais sagrados. Antes do abacaxi e dos ukuleles , que são referências da cultura havaiana posteriores a chegada do homem branco, o Havaí já possuía uma forte identidade em sua cultura tradicional. Uma das principais caracterísitcas deste  povo do mar e das canoas era sua profunda relação com o mundo espiritual e os cantos sagrados .      Não existia escrita no Havaí antigo. Para manter viva a história de seus ancestrais era preciso memorizar genealogias familiares. Para expressar seus conhecimentos e conclusões a respeito do mundo sobrenatural, suas teorias sobre a criação do Universo e o funcionamento da natureza, eles faziam danças - chamadas de hula  - e entoavam cantos sagrados (chamados em inglês de chants ou, em havaiano, de mele).      Um dos cantos de que mais gosto fala sobre o nascer do Sol

Vou de Canoa até as Ilhas Cagarras

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Imagine que você está em uma praia admirando o horizonte e de repente uma ilha lhe chama especial atenção. De tão distante, você só pode distinguir a sua forma acinzentada se destacando no horizonte azul claro do céu. Seu olhar não desvia mais da ilha longínqua, você cerra um pouco os olhos tentando lhe descobrir algo mais, mas nada vê. Seus pensamentos sobre ela aumentam e você começa a listar uma série de perguntas  secretas, só suas, a respeito daquela ilha... Como deve ser vista de perto? Qual distância entre esta praia e aquela ilha? Que tipos de animais devem viver lá?  Se você já teve algum dia pensamentos como estes à beira do mar, continuemos com nossa brincadeira de imaginação.  Imagine agora que algum amigo lhe convida para remar em uma canoa havaiana... Será então justamente neste dia, ou deste dia em diante, que talvez você possa começar a responder todas aquelas perguntas e conhecer todas as ilhas em que seus olhos descansarem quando estiver sentado em uma praia olhando o

Palestra do Amyr Klink

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"O mar é uma estrada que já está feita." Amyr Klink A conectividade virtual, por incrível que pareça, é algo que nos prende mais do que podemos imaginar. A obsessão pela conectividade revela um sentimento muito comum hoje em dia de que sem ela estamos completamente perdidos e isolados. Ledo engano. Em 1984, quando Amyr Klink atravessou o Oceano Atlântico em seu barco a remo durante cem dias sozinho entre o céu e o mar, ele não tinha um GPS nem tampouco Internet. Seu elo com o mundo eram baterias e uma caixa de rádio. No entanto, ele não estava perdido e sabia exatamente sua localização geográfica e para onde estava indo. Naquele isolamento, ele sentiu que sua conexão com o Planeta estava mais forte do que nunca. Esta foi a conclusão do Amyr Klink, revelada em uma interessante palestra que tive a oportunidade de assistir no dia 06 de outubro de 2015, no Forte de Copacabana. Palestra do Amyr Klink no Forte de Copacabana em 6 de outubro de 2015. Para falar sobre esta r

O Batismo de uma Canoa Havaiana

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As raízes primitivas da cultura polinésia eram passadas de geração em geração de forma oral ou por meio de cânticos que evocavam os antepassados do povo, o culto aos diversos deuses da natureza e a vida extremamente vinculada ao mar e ao cultivo da terra. Canoas faziam parte do cotidiano não só como meio de subsistência para a pesca, mas também como forma de vida. Um número incontável de canoas polinésias devem ter singrado o Oceano Pacífico de Oeste a Leste e de Sul a Norte transportando não só bravos guerreiros em busca de novas terras e novos deuses, mas também os costumes e a cultura destes povos. Tanto carregaram em suas enormes canoas estes primitivos remadores e homens do mar, que podemos até hoje conhecer suas bagagens. O que levavam não era apenas porcos, galinhas, fruta-pão e suas famílias. Carregavam a bordo a pré-história dos povos austronésios - os primeiros seres humanos navegantes e grandes conhecedores das estrelas - que em uma época remota e difícil de mensurar começar

Remadores de Fibra - PARTE II - Um abraço!

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Abraço da pequena Alexia, menina de 5 anos com Fibrose Cística. Abraçar - ato de envolver com os braços uma pessoa, animal, planta ou coisa. É usado, dependendo da cultura, como forma de demonstração de afeto. Por meio do abraço podemos cumprimentar ou expressar sentimentos de amor, carinho, compaixão, saudade, gratidão, etc.  O abraço pode expressar sentimento que vem da alma. Pode ser verdadeiro ou falso, grande ou pequeno, curto ou prolongado. E também pode ser físico ou espiritual. Se abrimos os braços em forma de crucifixo no alto de uma montanha, por exemplo, isto pode ser um simples um alongamento lateral. Mas se no mesmo topo de montanha abrimos os braços por pura alegria na alma, isto pode ser um abraço à vida! Minha prima Otavia no vulcão Orongo, em nossa viagem à Ilha de Páscoa em 2013. #abraçoespiritual A expressão "abraçar uma causa" é usada quando alguém ou um grupo de pessoas se apropria dos sentimentos de outro alguém ou outro grupo e os toma com

Remadores de Fibra - PARTE I

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Equipe completa na Praia do Abraão - Ilha Grande. Fotografia: Fred Gomes O capitão Max, responsável pela traineira Rio Boa Sorte, relata: "Quando dizia aos meus colegas do clube, também donos de barco, que acompanharia um grupo de 14 atletas que sairiam remando da Praia de Itaipu até a Ilha Grande, todos perguntavam: - Eles são loucos? Eu respondia: - Não. São de fibra."  O Remadores de Fibra nasceu da parceria da escola de canoa havaiana Itaipu Surf Hoe com o projeto Equipe de Fibra , do Instituto Unidos pela Vida , com o intuito de fortalecer o propósito destes dois últimos de divulgar a doença genética Fibrose Cística , uma doença que afeta os sistemas respiratório e digestivo de crianças gerando graves complicações a sua saúde. Remar de Niterói a Ilha Grande defendendo a causa de crianças com uma doença ainda sem cura foi o combustível desta travessia.   A largada foi a 1h da manhã de sexta-feira, 03 de abril de 2015. Ver o amanhecer do dia em plena remada fo